O Enigma

Nada de monumento coberto de elogios. O meu epitáfio será o meu nome, nada mais.

quinta-feira, novembro 23, 2006

Quero

Quero ser um raio para romper a terra,
um mendigo para vasculhar o lixo.
Quero ser um Deus para cuidar de todos,
morrer e voltar a nascer.
Quero ser uma arvore, ficar imóvel,
não quero ser nada, mas por vezes quero ser tudo.
Quero viver, respirar, sentir, momentos, olhar,
ver harmonia, compaixão e respeito.
Ouvir coisas simples, banais, historias reais,
beber a vida, mas partilha-la.
Quero lembrar-me de tudo o que ouvi,
sentir tudo o que escrevi.
Quero enganar a morte quando ela vier,
sabendo que virá um dia.
Quero que as almas vivam de verdade,
ser imortal ao lado de quem amo.
Quero rir todos os dias,
sabendo que por vezes vou chorar.
Quero ver o dia a nascer,
sentir-me vivo.
Quero tocar no céu,
observar a lua.
Quero voar com os pensamentos,
enrolar-me nas suas palavras.
Não quero defender nem atacar,
apenas conversar, aprender e ensinar.
Quero mostrar quem sou, sem receios, nem defesas,
olhar nos olhos e ver a pureza da alma que às vezes se esconde.
Quero ajudar sem pedir ajuda,
mas quando estender o braço ter uma mão para agarrar.
Quero ver-te por dentro meu amor,
e saber que me vês também.
Quero sentir frio e calor, cheirar o que o vento trás,
conhecer o mundo e beber as suas culturas.
Quero tanta coisa, mas há muitas que não quero…

1 Comments:

At 3:01 da manhã, Anonymous Anónimo said...

um poema mt sentido...espero sinceramente que concreizes todos os teus desejos

beijo

 

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